quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Yasmin


Os céus gritavam flores de orvalho quando Yasmin, em meio às danças ululantes dos sons, resplandeceu.Ela brilhava cintilante à espera do Sol que, ignorando qualquer desejo contrário, insistia em iluminar, com sua ofuscante presença, os raios de vida no meio do mundo.
Yasmin brilhava defronte ao espelho, cintilava e amava, mostrando ao mundo a quem veio.Pulsava e respirava a luz do luar.Yasmin era a vida e o direito de amar.Era luz de estrela perfumada, era sonho de algodão, que, como amante, chegava sorrateira e afogava a solidão.Yasmin era mulher pra quem nunca se diz não.Talvez por ser mulher, ou por carregar em seu peito a força de toda uma multidão.Não importam os porques, o que importa é que, para Yasmin era/foi/é proibido e coibido o direito de se negar..
Um dia, Yasmin foi passear para além das nuvens pulsantes para buscar coelhos de açafrão.Descobriu, em seu caminho, que coelhos sem bracinhos sempre morrem de solidão, e não gostando nada disso decidiu rolar no chão.E depois, vagarinho, levantou-se e, com seus olhos, passou a mirar todo esse mundão, que, as vezes, parece não ter hora pra acabar.
E então, despreocupada, e toda, toda enamorada, colocou sua boca para devorar o açafrão...não temam coelhinhos sem bracinhos com esperanças sem amanhã.Yasmin está descontrolada e lhes trará bastante chá de hortelã!
Sonhado e contado por Irmão "pai" Unicórnio

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